sábado, 12 de fevereiro de 2011

DEGUSTAÇÃO DE PIMENTA

Belo sábado de sol, como eu e o André não somos nada fãs de praia, chego na varanda para dar uma espiada na piscina do prédio, e confesso que bate uma preguiiiiça de descer. Nada de bom nos 300 canais da NET. O que fazer para preencher o tempo desta tarde quente de sábado. Ler, absorver um pouco de cultura???? Nãããoooo, o André teve a idéia infeliz de fazer uma degustação de pimentas, e eu, ainda mais insana que ele, topei na hora. Tinhamos ganhado do pai dele uns vidros de pimenta de um tal de Merassi um advogado amigo dele lá de Recife que leva a sério, esta história de fazer pimentas. Parece que os pernambucanos disputam a tapas as tais pimentas do sujeito.  Eu tinha feito a algumas semanas uma versão minha de pimenta caseira e tinha colocado para apurar. A minha é a do vidro pequenino na foto abaixo, as demais são todas do tal do Merassi.


Colocávamos umas duas gotas generosas em cada pedaço de cream craker, ah e a degustação foi as cegas, ou seja, não sabíamos o que estavamos provando e tínhamos que dar a nossa impressão e no fim comparávamos as opniões. 

A primeira pimenta ao encostar na língua parecia que só tinha ardência fazia me sentir tomando banho de ofurô no inferno, e a esta altura a sensação térmica pulou de 40• para 60• no mínimo. Mas acho que misturada na comida pode ficar interessante. Principalmente em uma receita meio tailândesa, que leve leite de coco para amenizar.

A segunda, não sei se por que minha língua já estava em brasa, mas a ardência já foi bem mais suportável, senti uma acidez interessante e acho que até identifiquei um toquizinho de laranja e tomate nesta. Fazia me sentir tomando um bloody mary no inferno.

A terceira parecia que eu ía morrer, comecei a soluçar, minha face queimava. Neste momento era eu e o capeta fazendo sauna na casa dele. Foi a que mais respeitei, terei muito medo de usá-la.

A quarta ardia um pouco, mas não tinha muita personalidade. Me senti me despedindo do inferno. 

Enfim, a conclusão e que a mais saborosa para comer pura seria a Merassi 2. A Merassi 1 terá que ser testada com uma receita. A minha terei que aprimorar, ainda não chega aos pés das do Merassi. E a Merassi 3 foi batizada neste blog.


Esta certamente terá um certo respeito dos moradores desta casa. E desafio os amigos a provarem. A nossa pimenta CÃO CHUPANDO MANGA!!!


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Podrão Chique


    Confesso que nunca fui muito fã de fastfood, Mc Donalds nunca me fascinou nem quando era criança. Agora na minha adolescência quando já era uma consumidora de respeito de cerveja, o "podrão" teve grande importância nesta fase da minha vida.  Depois de uma noite de birita nada melhor para espantar a larica do que um belo podrão. (Calma gente, larica de cerveja mesmo, para quem não sabe, tente passar a noite bebendo para ver o que acontece com seu estômago). Lembro com um sorriso no rosto de me lambuzar de maionese, e outras gorduras desconhecidas que continham ali naquele alimento, com um visual deformado quase uma anomalia gastronomica, mas incrivelmente gostoso. Neste sábado então decidi  fazer o meu podrão, mas é claro, todo afrescalhado, se não, não seria eu.




Na foto não se parece nada com o podrão da minha adolescência, na verdade o sabor também estava bem diferente. Se é melhor ou pior, prefiro não dizer, o meu paladar mudou muito nestes anos, e principalmente o ingrediente larica não estava presente neste. Mas olhando assim, não se imagina os cuidados que tive no preparo.

Primeiro, mesmo sem nunca ter feito pão na minha vida, decidi fazer o pão do meu podrão chique, e confesso que preciso melhorar alguns detalhes na receita, mas que ao tirar a primeira fornada, cheguei a me emocionar, quase algumas lágrimas. Fazer pão é uma experiência única, o cheiro maravilhoso que se espalhou pelo meu apartamento é inesquecível! E certamente repetirei o feito e é claro documentarei neste BLOG.



Quem quiser a receita do pão, me avisa, que eu posto aqui.

Continuando...é claro que a carne do hamburguer também tinha que ser especial para fazer jus ao meu pão. Então usei uma carne de primeira moida, basta ser de primeira, mas tem que ter uma gordurinha, aqueles pontinhos brancos no meio da carne, se for aquelas muito limpinhas, corre o risco de ficar seco. Além da gordura natural da carne aindo coloquei um pouquinho de panceta, parece bacon, mas vem temperado e geralmente no mercado você enccontra junto com os frios.


Além da panceta colquei um pouco de mostarda em grãos, um ovo, sal, pimenta e pistache cortados grosseiramente, se não tiver pistache pode colocar castanha, mas o verdinho do pistache fica muito interessante no meio do hamburguer.



Depois preparei a maionese que é ridículo de fácil e fica muito melhor que a pronta. Basta colocar uma gema de ovo, sal, pimenta e uma colher de sobremesa de mostarda dijon, neste caso eu usei a com grãos. Bater com um batedor de arame acrescentando aos poucos óleo de girassol ou canola, quando estiver com textura de maionese está pronto.



Pra finalizar um bom queijo francês, alface romana, que para mim é a que tem mais sabor e uma cebola refogada com shoyu e mel. 
                                      
O resultado vocês viram lá em cima. Querem saber se vale a pena tanta coisa para se fazer um podrão? Eu acho que vale.  Mas o que não sai da minha cabeça é o sabor do X-tudo do Bola, isso mesmo lembrei   o nome do sujeito que enchia nossas madrugadas de alegria e neste momento estou rindo sozinha da lembrança dos moleques zoando o bola... "Aí Bola, me da esse X-tudo que tá na sua cabeça!"se referindo a nuca do rapaz que por conta do excesso de peso e a ausência de cabelo era cheia de dobras e lembrava o sanduíche. 

domingo, 30 de janeiro de 2011

MaravilhOVO!

Todo mundo quando quer dizer que não sabe cozinhar dispara logo aquela frase que não poderia ser mais clichê e ao mesmo tempo duvidosa. "Aaahh eu só sei fritar ovo!" Será que sabe mesmo? Bom, eu adoro ovo,  adoro de todos os jeitos: cozido, mexido, omelete, pochet...agora o ovo frito, ou estrelado, como falam sempre fui um desastre. Mas neste domingo decidi que isto iria mudar! Munida de duas dúzias de ovos caipira decidi esperimentar técnicas diferentes até conseguir fazer o ovo perfeito! Coitado do meu marido André que teve que comer todos os ovos preparados, e olha que foram muitos. O primeiro tentei fazer direto como qualquer dona de casa colocando um pouquinho de azeite em uma fridideira anti-aderente quebrar o ovo direto na frigideira, virar e tirar. Resultado? Desatre Total!!!!!



Depois de varias tentativas e alguns ovos até artísticos como o da foto. O André já se negando o comer os testes...



Era a minha última tentativa, tenho que caprichar! Desta vez deixei o fogo baixo para não dar aquelas bolhas enormes e espalhei o azeite com papel absorvente. Coloquei um aro de inox, destes para cortar canapés (acredite eu tenho um destes com vários tamanhos e formatos, hehehe).  Em seguida coloquei só a gema para não ficar muito crua, salguei a gema, depois de alguns segundos coloquei a clara. Depois coloquei com muito cuidado uma solução de água com shoyu para dar um dourado e evitar aquelas bordas ressecadas que ficam parecendo plástico. Retirei do fogo com aro e tudo soltei com cuidado e então veja o resultado.


Fiquei bastantate satisfeita com os meus testes, mas agora constato que de fato fritar ovo não tem nada de fácil, muito pelo contrário, é um trabalho árduo e uma busca incansável ao sucesso, ao maravilhOVO, o nosso ovo perfeito. Confesso que mesmo depois deste último, escondido do André que me proibiu de fazer mais ovos, me ameaçando se vingar fazendo uso dos efeitos colaterais causados pelo alimento em questão. Fiz mais alguns e ovo abaixo foi o que me deixou mais feliz. Mas esse eu não revelo a técnica...